Holding familiar e economia tributária: como organizar seu patrimônio pagando menos impostos?
Entenda como a holding familiar pode ajudar a proteger bens e reduzir a carga tributária da sua família
LH Advogados
10/1/20253 min read


Organizar o patrimônio familiar vai muito além de evitar conflitos entre herdeiros. É também uma estratégia eficiente para reduzir impostos e garantir maior segurança jurídica.
Neste artigo, vamos explicar de forma simples como funciona a holding familiar, por que ela é vantajosa do ponto de vista tributário e como pode ser aplicada na prática.
O que é uma holding familiar?
A holding familiar é uma empresa criada com o objetivo de administrar o patrimônio de uma família. Em vez de os bens estarem em nome das pessoas físicas (CPF), eles passam a estar registrados no nome da empresa, da qual os familiares são sócios.
Essa estrutura é usada principalmente para:
Proteger bens em caso de divórcios ou dívidas de sócios;
Facilitar a sucessão hereditária;
Planejar o pagamento de tributos de forma mais eficiente.
Como a holding reduz impostos na prática?
Uma das maiores vantagens da holding está na economia tributária.
Veja alguns exemplos:
1. Imposto de Renda sobre aluguéis
Se um imóvel está em nome de pessoa física, os aluguéis recebidos são tributados pela tabela progressiva do Imposto de Renda, que pode chegar a 27,5%.
Já em uma holding optante pelo regime de lucro presumido, a tributação sobre o mesmo aluguel pode cair para cerca de 11% a 14%, sem considerar o adicional de 10% de IRPJ.
2. Planejamento sucessório com economia de ITCMD
Ao realizar a doação de cotas da holding aos herdeiros com reserva de usufruto, é possível antecipar a sucessão e pagar menos ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), além de evitar o inventário judicial, uma vez que em São Paulo, até o momento, há 2 projetos de leis que propõem mudar a forma de cálculo do ITCMD e, fazendo ainda em 2025, evita também o impacto das mudanças no ITCMD previstas a partir de 2026.
3. Economia na venda de bens
A venda de um imóvel em nome de pessoa jurídica permite tributar apenas o ganho de capital (lucro), enquanto uma pessoa física pode pagar alíquotas mais altas, dependendo do valor da operação. No entanto, é importante a correta escrituração contábil dos imóveis dessa holding.
Caso prático: como uma família economizou com a holding
Em um caso recente acompanhado por nosso escritório, uma família com diversos imóveis de aluguel constituiu uma holding familiar. Em menos de um ano, conseguiram:
Reduzir a tributação mensal sobre os aluguéis em quase 30%;
Permitiu melhor gerenciamento do patrimônio e a sucessão familiar.
Essa organização patrimonial, além de lícita, está amparada no Código Civil e nos dispositivos sobre planejamento sucessório do Código de Processo Civil, com total respeito à legalidade e à vontade das partes envolvidas.
A holding é para qualquer família?
Embora não seja uma solução padronizada, a holding pode ser vantajosa mesmo para famílias com patrimônio médio ou até pequeno, a depender, dentre outros fatores, dos aspectos sucessórios, valores de aluguéis e outros aspectos a serem analisados. O ideal é que haja pelo menos um ou dois imóveis de aluguel ou um planejamento sucessório em vista.
O custo de constituição e outros impostos costuma se justificar pela economia de impostos e pela tranquilidade jurídica proporcionada.
Conclusão: vale a pena considerar a holding familiar?
Sim, se sua família possui bens, especialmente imóveis, e deseja proteger o patrimônio, evitar conflitos futuros e ainda economizar nos tributos, a holding é uma excelente alternativa.
Nos consulte! Somos especialistas em avaliar a viabilidade no seu caso específico e estruturar tudo com segurança jurídica e fiscal.
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Nota ética: Este artigo tem caráter meramente informativo. Não substitui a consulta com um profissional habilitado. O planejamento patrimonial e tributário deve ser realizado por advogado de confiança, respeitando as normas da OAB e a legislação vigente.
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